Jorge Adelar Finatto
Estou saindo agora de Passo dos Ausentes com o velho motociclo Besouro Vermelho. Levo no side-car meu amigo Juan Niebla, o músico cego que toca bandoneón na estação de trem abandonada da cidade. Começamos a atravessar o Vale do Olhar em direção ao Contraforte dos Capuchinhos.
A densa neblina fecha todos os caminhos. O frio é intenso e venta como sempre. Vamos devagar pela estrada de chão batido, escorregadio. Contornamos os abismos com medo e esperança. A cabeleira branca de Niebla voa pelas bordas do boné de couro marrom. Pretendemos dormir hoje na caverna de Claudionor, o Anacoreta. Dali partiremos cedo na manhã de sexta e percorreremos 100 quilômetros adiante e para baixo, até São Francisco de Paula. Depois, Canela e, enfim, Gramado, estação final.
A densa neblina fecha todos os caminhos. O frio é intenso e venta como sempre. Vamos devagar pela estrada de chão batido, escorregadio. Contornamos os abismos com medo e esperança. A cabeleira branca de Niebla voa pelas bordas do boné de couro marrom. Pretendemos dormir hoje na caverna de Claudionor, o Anacoreta. Dali partiremos cedo na manhã de sexta e percorreremos 100 quilômetros adiante e para baixo, até São Francisco de Paula. Depois, Canela e, enfim, Gramado, estação final.
Saímos dos Campos de Cima do Esquecimento, a 1800 metros de altitude, e vamos para os Campos de Cima da Serra, que ficam a 800 metros do nível do mar.
O motivo da viagem é a inauguração da minha exposição Retratos, que ocorrerá amanhã, 12/11, às 18h, no Café Bello Gusto, em Gramado. O fundo musical do evento estará nas mãos de Juan Niebla. No programa, peças de Piazzolla, irmãos Gershwin, Villa-Lobos e Hermeto Pascoal.
Alberta de Montecalvino promete receber os que aparecerem com o espumante moscatel Postal da Ausência acompanhado de fatias do delicioso bolo caseiro que só ela sabe fazer. A entrada, assim como o abraço, é de graça. Quem quiser confirmar presença pode ligar e falar com Mocita de La Vega.
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Foto da exposição Retratos: J. Finatto
Quem tem a criação dentro de si, pode cultivar este intercâmbio de Artes.
ResponderExcluirAssim, Adelar, mesclas teu fazer poético com a poesia das imagens da natureza.
Pena não poder prestigiar teu evento, pois o trabalho, ainda, me impede me me moviemntar livremente pela vida.
Mas, desejo tudo de bom para a vernissage e, desde já, estou degustando a bela música que irá povoar o ambiente.
Abraço.
Ricardo Mainieri
Caro amigo Ricardo,
ResponderExcluirestaremos aguardando a tua visita. No momento, paramos na beira da estrada pra comer uma baguete, a viagem é longa e difícil.
Niebla diz que tocará uma à moda do Chet Baker especialmente pra ti.
Um abraço.
JF