Jorge Adelar Finatto
Enquanto meu filho espera
no útero marinho da mãe
eu escrevo um poema
que ninguém lê
entre peixinhos e caravelas
invento uma alegria simples
um jeito novo de viver
e de querer bem
e vou até a janela
até a estrela mais próxima
onde algum homem há de existir
pra repartir comigo esta ternura
enquanto meu filho espera
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Poema do livro Claridade, co-edição Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Editora Movimento, Porto Alegre, 1983.
Imagem: Hippocampus Kuda. Autor: Robbie Cada. Obra constituída pelo autor em domínio público. Fonte: Wikipédia.
O menino do poema, que na época esperava no útero materno entre peixinhos e caravelas, hoje completa 29 anos. Ao Lorenzo, pois, renovo estes velhos versos, com a mesma emoção daquele jovem pai encantado pela chegada ao mundo do primeiro filho.
Uma sincera declaração de amor paterno.
ResponderExcluirEste poema quase me fez ir às lágrimas.
Parabéns para teu filho que, pelo que sinto, tem a mesma fibra e formação do pai.
Abraço.
Ricardo Mainieri
Amigo Ricardo,
ResponderExcluiras tuas palavras nos deixam muito felizes,pela bondade e grandeza de quem elas vêm.
Um abraço, ou melhor, dois.
JF
LF
E para a CF? Tem que ter um tão bonito quanto este, ora essa! ehe
ResponderExcluirUm abraço, Adelar!