Jorge Adelar Finatto
Eu devia ter entre 10 e 12 anos de idade quando li numa revista uma matéria sobre a ilha de Hokkaido, situada a nordeste do Japão. Fiquei encantado com sua história mais do que milenar, sua cultura, suas paisagens.
Hokkaido passou a ser a minha ilha do coração.
As montanhas de onde se avista o mar azul, a neve, a variedade das flores na primavera, a delicadeza dos diferentes cenários, as pessoas boas e gentis.
Prometi a mim mesmo, na lonjura do menino que eu fui um dia, que não ia morrer sem antes conhecer Hokkaido. De preferência devia morar uns tempos na ilha.
Infelizmente, acabei não realizando esta promessa, pelo menos não até agora, Hokkaido é mais um sonho que ficou pra trás.
O terremoto seguido do tsunami que devastou o Japão na sexta-feira passada, dia 11 de março, me deixou profundamente triste. São milhares as vítimas, que ainda estão por ser contadas. Mais da metade da população de uma cidade está desaparecida. A explosão da central nuclear de Fukushima, 250 km ao norte de Tóquio, é apenas um dos terríveis efeitos desta tragédia. Só o tempo revelará o montante irrecuperável das perdas em vidas humanas. Os prejuízos materiais são incalculáveis.
Não sei das consequências do desastre na minha ilha. De qualquer forma, alimento ainda a esperança de conhecê-la, de caminhar entre suas flores, planícies e montanhas.
Espero, confio e rezo para que nossos irmãos do Japão consigam se reerguer de mais este sinistro acontecimento em sua história, como sempre fizeram no passado.
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Fotos: 1) imagem de Hokkaido. Fonte:
2) cena do tsunami que assolou o Japão em 11 de março, 2011. Fonte: Reuters, Yomiuri.
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