sexta-feira, 8 de julho de 2011

A cidade escureceu

Jorge Adelar Finatto



A cidade escureceu
não há vaga no emprego
não há vaga na moradia
na condução

na alegria não há vaga

o amor esfriou
a solidão é extrema
o medo é horrível

afora isso
a vida anda uma beleza


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Do livro O Fazedor de Auroras, Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1990.

7 comentários:

  1. Não posso deixar de registrar, amigo, a viagem que faço com este poema ao continente de Ferreira Gullar.
    Pois, exatamente como ele, este poema possui seu encantamento e a ironia do verso final.
    Beleza de poema, Adelar, e, na minha opinião, do teu melhor livro escrito até aqui.

    Abs.

    Ricardo Mainieri

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  2. Belíssima está foto. Apesar de tudo a vida é bela, isso ficou bem claro com está foto.Abraços.

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  3. Gullar está entre os poetas que passaram na nossa vida e deixaram sementes para frutificar em mais poesia.

    Obrigado, amigo Ricardo.

    Abraço.

    JF

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  4. Tem razão, Regina: a vida é sempre bela.

    Um abraço.

    JF

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  5. se pudessemos substituir tantas agrugras da vida por imagens e frases tao incriveis,,,ah,,,eclea berenice

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  6. A gente vai levando, sabendo que vale a pena procurar estar perto das coisas belas e verdadeiras, embora a fragilidade que nos cerca. No final tudo dá certo, se estamos com o coração em paz.

    JF

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  7. São as coisas belas como suas poesias, suas fotografias, sua disposição de dividí-las com todos que aqui o visitam que tornam a dura realidade mais fácil de encarar pois é através delas, ai de modo geral da poesia, da musica, da fotografia, das artes que nos permitem recarregar as baterias para continuarmos enfrentando as dificuldades do dia a dia. Um abraço.

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