Ah, uma tarde solto por aí. Navegando pelo rio no meu barco de papel. Ao largo do continente, sem compromissos, distante das mesquinharias, das bocas que nunca se calam, da violência, das cotidianas grossuras e vaidades.
Esqueço de mim, de ti, da nossa infinita desimportância no arranjo cósmico.
Deito no fundo do barco, olho as nuvens.
Deito no fundo do barco, olho as nuvens.
Descortino o voo leve, lento e branco da gaivota. Só escuto o som do vaivém das ondas batendo na quilha.
Ah, um dia longe da cidade, disso tudo que tira a cor da alegria e corrompe a força da beleza.
Coração ao vento, sem hora pra voltar.
Coração ao vento, sem hora pra voltar.
Nossas rotas de fugas passam, muitas vezes, por caminhos mentais.
ResponderExcluirComo não podemos abandonar em corpo nossos afazeres, a viagem pelas imagens armazenadas ou imaginadas é um consolo.
Ante um mundo de cinismo, conveniências e encontros protocolares, a poesia é nossa resposta.
Belas linhas, Adelar.
Abraço.
Ricardo Mainieri
O que não se tem ou não se pode, a gente inventa, né, Ricardo?
ResponderExcluirUm grande abraço.
JF