Jorge Adelar Finatto
photo: Museu Virtual Memória Carris. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Imagem de José Luís Kieling Franco |
Eu ia tomar um bonde amarelo
e dar um giro pela cidade
mas não existe mais o bonde amarelo
nem eu tenho dez anos
me engano ou essa cidade
mudou de endereço
se não, como explicar tanta gente
desconhecida nas ruas
e os amigos perdidos nas esquinas
do tempo do bonde?
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Do livro Claridade, Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Editora Movimento, 1983.
Perdemos o bonde da história, Adelar. Os de nossa geração, muitos, viraram seres iguais aos que eles criticavam, nos idos dos anos setenta. A nova geração está "dominada", como diz o grupo de funk Bonde do Tigrão.
ResponderExcluirMas, resta a poesia para um momento de encontro com nossas lembranças mais caras.
Como o bonde que ficou no museu de nossa memória.
Abração.
Ricardo Mainieri
Vamos aproveitar a primavera,que chega silenciosa entre os ruídos e descaminhos da cidade. Quem sabe encontramos o bonde da esperança e da fé nos dias que amanhecem na nova estação.
ResponderExcluirForte abraço, Ricardo.
JF