Jorge Adelar Finatto
Se parar de escrever na casa do labirinto, nesta difícil procura de claridade, se o silêncio e o medo crescerem ao meu redor como um vasto milharal habitado por estranho espantalho vestido de negro, com grossas lentes nos óculos que não ampliam a progressiva e asfixiante pequenez das coisas, esse tal que desistiu do ofício de espantar, sendo ele próprio o contumaz espantado no oblíquo território do existir, se os amigos esquecerem de me visitar nas ermas noites de inverno, se um pássaro soltar o canto, em junho, no galho da araucária diante da minha janela, se essas palavras tiverem servido, ao menos, pra distrair o leitor (?) do problema da morte e da inefável falta de sentido da vida, só por isso a luta terá valido a pena.
________
Foto: J. Finatto. Araucária vista da janela, em Passo dos Ausentes.
Texto publicado em 13 de abril, 2011.
________
Foto: J. Finatto. Araucária vista da janela, em Passo dos Ausentes.
Texto publicado em 13 de abril, 2011.
Jorge: simplesmente me encantei o o seu escrever..encontrei o seu texto no blog do seu amigo..e cheguei até aqui..abraços carinhosos a ti.
ResponderExcluirVou te linkar no meu Cotidiano.
ResponderExcluirabraços carinhosos.
Lia.
ResponderExcluirÉ ótimo receber a tua visita. Ainda mais hoje em que o dia passou chuvoso e a névoa anda solta.
Nada como cálidas palavras pra melhorar as coisas.
Muito obrigado.
Um grande abraço.
Jorge Finatto