Jorge Adelar Finatto
photo: j.finatto. Passo dos Ausentes |
As hortênsias resolveram embelezar o mundo. Era só o que faltava.
Em meio a tanta desilusão, tanta feiura das almas, tanta gente má e casca grossa, vêm agora as hortênsias e decidem distribuir beleza e graça. Um negócio muito estranho.
photo: J.finatto |
Um verdadeiro absurdo aqui em Passo dos Ausentes.
Quando achava que não tinha mais jeito, quando nada mais esperava diante do triste espetáculo humano, as hortênsias surgem em silêncio, espargindo cor e delicadeza sobre cinzas.
Essa beleza é mesmo uma violência contra o cidadão acostumado ao deserto e ao cotidiano tapa na cara.
Nem maldizer a vida em paz a gente pode mais.
photo: j.finatto |
É como quando o sol aparece depois da tempestade, mesmo sem querer a esperança brota na alma da gente diante de tanta beleza.Abs.
ResponderExcluirAdelar, gosto muito desta flor que se diversifica em tonalidades e esparge beleza onde nasce.
ResponderExcluirTenho uma lembrança muito particular das hortênsias.
Lembro-me da cena de minha mãe, já falecida, indo ao jardim de casa e colhendo uma hortência para enfeitar um vaso da sala. Isto, ainda, me toca pela delicadeza e poesia.
Obrigado por me trazer, com esta crônica, esta bela lembrança de meus arquivos pessoais.
Abraço.
Ricardo Mainieri
Ricardo.
ResponderExcluirEssa evocação é muito bonita. É pra se guardar para sempre.
Um abraço.
Adelar
Regina.
ResponderExcluirÉ bem assim.
Um grande abraço.
JF
Caro poeta, Adelar!
ResponderExcluirSe um dia fores levantar um muro para proteger o lar, dê preferência às hortências, que é para quando olhares, pela janela da sala, ter a impressão de que há algo belo do outro lado!
Um abraço.
Bela sugestão!
ResponderExcluirOutro abraço.
JAF
Hahaha! E ha que ter paz pra maldizer a vida. Nao? abs, poeta. Andas rindo mais, percebo...Aquele riso fingido de rabugice, mas a gente cá deste lado, ri.
ResponderExcluirValeu, Graça.
ExcluirUm grande abraço.
JF