domingo, 5 de agosto de 2012

A rua antiga me atravessa

Jorge Adelar Finatto

photo: j.finatto.Colonia del Sacramento, Uruguai


A vida se esconde na rua antiga.
A saudade mora aqui desde muito antes do mundo ser inventado.
Os passos dos habitantes se ouvem na longínqua estrela.
Quem nos vê, quem nos vale nesse labirinto?
A vida inteira no postigo.
Tantas coisas eu sonho.
Tantas coisas eu sinto.
As pedras da rua antiga são diamantes do oblívio.
O tempo nela escorre feito lágrima.
Ninguém vê essa cicatriz aberta na face do planeta.
Calado observador do fim do mundo.
A rua antiga me atravessa.


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Texto publicado em 28 de maio, 2011.

3 comentários:

  1. En las calles antíguas del Colonia tu poema he gerado. Una ambientación bucolica y triste e uno poema que reflete eso.

    Abraço.

    Ricardo Mainieri

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  2. Caros amigos Graça e Ricardo.

    Colonia é um diamante brilhando e pulsando no sistema solar.

    Um forte abraço.

    JF

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