Jorge Adelar Finatto
photo: j.finatto |
Preciso escrever
o poema
que vai salvar
esse dia
o poema cálido
para atravessar
o tempo difícil
que ainda tenho
pela frente
o poema que vai
expulsar
a vontade
de morrer
que chega
aos poucos
como um felino
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Do livro Memorial da vida breve, Jorge Finatto, Editora Nova Prova, Porto Alegre, 2007.
Interessante esta analogia da ideação depressiva e o lento e inesperado aparecimento dos felinos.
ResponderExcluirEssas coisa se instalam assim em n´so. Devagar, sem ruídos, mas continuamente.
O poema, além de doar esta emoção ao universo, é, também, um momento da solução.
Abraço.
Ricardo Mainieri
Que Deus nos proteja do inesperado e sorrateiro felino da morte. Um grande abraço, amigo Ricardo.
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