Quantos lápis de cor são necessários para pintar o pôr-do-sol? Não tenho ideia, raro leitor. Mas de uma coisa eu sei: que há uma grande arte nas mãos de quem o faz, isso há.
Estava pelo entardecer quando olhei em direção às montanhas. Aqueles traços e cores me invadiram o coração.
Na ilusão - sempre ela - de aprisionar aquele instante da luz e forma, peguei a velha Coruja e fui até a varanda do escritório fotografar. O caçador de imagens em busca de alimento.
O sol caía atrás das nuvens. Os últimos pássaros retornavam aos ninhos.
A breve hora do adeus de mais um dia.
photo: j.finatto |
As imagens, sem qualquer retoque, estão aí.
O mérito de tanta beleza é de quem inventou e pinta diariamente as cores do crepúsculo. Um artista caprichoso e único. Em todos os finais de tarde senta-se diante da tela com seus lápis, pincéis e tintas e constrói os traços e as cores.
O grande artista distribui sua arte amorosamente para quem quiser ver, pobres e ricos, felizes e infelizes, bons e maus. Observadores efêmeros e privilegiados, a inefável pintura penetra fundo nosso espírito, nos sentimos parte de algo maior e mais belo.
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jfinatto@terra.com.br
Que foto belíssima captaste, Adelar.
ResponderExcluirUma imagem que remete ao ordenamento da Natureza que, apesar dos homens, segue bela e frutificada.
Abraço.
Ricardo Mainieri
Qualquer hora, tens de vir a Passo dos Ausentes, Ricardo, ver isso de perto.
ResponderExcluirForte abraço.
A.