Jorge Adelar Finatto
photo: j.finatto |
O solitário da montanha eu sou, às vezes. Mas gosto de percorrer o furdunço da aldeia, caminhar pelas vielas entre as bancas de peixe, frutas, flores e verduras.
Gosto de ouvir o alarido das conversas, os músicos, os contadores de histórias, as bailarinas, os saltimbancos.
Gosto de ouvir o alarido das conversas, os músicos, os contadores de histórias, as bailarinas, os saltimbancos.
Tem horas que me refugio na torre do silêncio. Preciso parar, sentir, pensar, digerir o vivido, imaginar, construir pontes, atravessar.
Agora estou aqui com os passarinhos na varanda do escritório. Eles na vidinha deles (que também não é fácil) e eu na minha. Nos reconhecemos pelo olhar e pelo gosto de voar. Eles comem as frutas nos potes, voltam para as árvores, para o seu canto.
Carregamos no coração uma esperança, Íntima e visceral, como o perfume de uma rosa num dia de tristeza.
Ia passando e visualizei sua varanda, sua montanha, seu retiro escolhido. E outra vez invejo. Invejo o usufruir, assim, da própria companhia.
ResponderExcluirCara Marina. Estou feliz em ter por perto a tua companhia, a tua perspicaz e amiga presença! Um abraço.
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