É possível
que ele seja
o maior poeta vivo
do edifício
trata-se, claro,
de mera
probabilidade:
o prédio é muito habitado
lápis e papel todos têm
sensibilidades contidas
trabalham na calada
mas até o momento
que se saiba
nenhum vizinho
lhe retira os louros
e ele pode dormir
tranquilo
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Do livro O habitante da bruma, Editora Mercado Aberto, Porto Alegre, 1998.
Não sejas modesto, Adelar....
ResponderExcluirDesisti de ser o "maior poeta vivo da minha rua", contentei-me, realisticamente, em sê-lo do prédio. Mas agora existem vários poetas no edifa. A minha glória restringe-se, neste momento, a ser o grande poeta do quarto andar. Só não sei até quando...
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