sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Todo vivente carrega

Jorge Finatto
 
photo: jfinatto
 

TODO VIVENTE carrega
seu fardo de solidão
nas entranhas

cheiros rudes no corpo
primaveras esquecidas
na caduquice
da memória

se eu prossigo
no caminho
não se iludam
é pura teimosia

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Poema do livro Claridade, de Jorge Finatto. Prefeitura Municipal de Porto Alegre, 1983.

2 comentários:

  1. Do teu segundo livro, se não me engano. Daqueles tempos em que sonhávamos um mundo harmônico & justo. Onde a utopia, ainda, era possível. Acho que foi um dos poucos livros editados pela Prefeitura. Hoje, ela não patrocina nada, diretamente.

    Ricardo Mainieri

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    1. 1983 faz tempo, né, Ricardo. Meu Deus! Dói ver que, na essência, o país não mudou. Essa corrupção toda, esse desastre ético. Nem sei o que mais dizer.

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