segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O náufrago que escrevia na água

Jorge Adelar Finatto


pintura: Maria Machiavelli


O náufrago escreveu sobre a falésia da ilha, em verdes letras de folhas de bananeira, um pedido de socorro. Estava no lugar havia muitos dias, em meio a palmeiras, pássaros, cachoeiras, borboletas e ventos.

A ilha era muito isolada. Nem risco de avião havia naquele céu austral.

O tempo passou e nada acontecia. O náufrago começou então a escrever breves textos na areia. Não sabia se aquilo era poema, conto, crônica, desabafo ou simples diário de náufrago.
 
Registrava coisas, sentimentos, estados de espírito, sonhos, pesadelos, esperanças, fugas, mistérios. A água do mar vinha e apagava tudo quando a maré enchia.
 
O náufrago não tinha lápis nem calepino (gostava de dizer esta palavra esquisita em voz alta, no silêncio da ilha).

Um dia ele desistiu de ser descoberto. Ninguém ia escutá-lo mesmo no fim de mundo onde vivia.

Passou a escrever direto na água com a ponta do dedo.
 
As letras azuis eram desenhadas nas linhas brancas da espuma. Escrevia com o fervor das primeiras e últimas palavras dos afogados, escrevia para sobreviver naquele mar de solidão.

As palavras afastavam-se da ilha e desfaziam-se em direção ao horizonte.

O náufrago era agora o homem que escrevia na água.

Escrevia para os peixes e as gaivotas.
 

domingo, 21 de agosto de 2011

Passagem

Jorge Adelar Finatto


photo: j.finatto


O ronco do avião
sobrevoa meu quarto
no bairro Menino Deus

o ruído espesso
rasgando a madrugada
me desperta o sono

eu sigo o barulho
até onde o ouvido alcança
sonho com a possível cidade
do continente
que ele irá desvendar

imagino o cenário
o olhar de certa mulher
mil prazeres e aventuras
esperando no lugar

(a bela vida que lá acontece)

no domingo a essa hora

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Do livro O Fazedor de Auroras, Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre, 1990.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Federico García Lorca: a memória em busca do poeta

Jorge Adelar Finatto


Entre Víznar e Alfacar, cercanias de Granada, as grandes pedras demarcariam a possível localização da fossa onde estão os restos mortais do poeta Lorca, assassinado há 75 anos. Foto: jornal espanhol El País




Poeta, músico, pintor, compositor, dramaturgo, García Lorca está entre os grandes da literatura espanhola e universal. Assassinado brutalmente antes do amanhecer, há 75 anos, no início da Guerra Civil Espanhola, seu corpo jamais foi encontrado. Surge agora informação sobre a possível localização da fossa.

Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, 5 de junho, 1898 - algum lugar entre Víznar e Alfacar, madrugada de 18 ou 19 de agosto, 1936), um dos grandes poetas que a Espanha deu ao mundo, foi assassinado pouco antes do amanhecer, provavelmente na madrugada do dia 19 de agosto de 1936, sendo uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), que mergulhou a Espanha numa das maiores tragédias de sua história. 

As forças fascistas e nacionalistas, contrárias à vitória da Frente Popular (esquerda republicana), nas eleições de fevereiro de 1936, mataram o escritor andaluz aos 38 anos, nas cercanias da cidade de Granada, num lugar entre os povoados de Víznar e Alfacar.

O que motivou o absurdo assassinato do autor de obras-primas como o Romancero Gitano? Por certo, o ódio injustificado e grotesco com relação ao fato de Lorca ser o poeta que a cada dia se tornava mais conhecido e respeitado por sua importante obra, naquela altura em plena construção, aliado à sua condição de republicano, pessoa sensível às injustiças sociais, contrário ao atraso que representava a extrema direita. As reformas pretendidas pelo governo eleito, na esteira da constituição democrática de 1931, iam na contramão de interesses conservadores de parte da sociedade espanhola. A explosão de violência se instalou com a revolta dessa parcela da população e de setores militares a partir de 17 de julho de 1936.


Foto do poeta. Fonte: site oficial da Fundación Federico García Lorca*
Ocorre que Lorca não tinha partido e nem militância política. Tinha seus ideais humanistas e sua sensibilidade contra as iniquidades sociais.

La popularidad de Lorca y sus numerosas declaraciones a la prensa sobre la injusticia social le convirtieron en un personaje antipático e incómodo para la derecha: “El mundo está detenido ante el hambre que asola a los pueblos. Mientras haya desequilibrio económico, el mundo no piensa. Yo lo tengo visto. Van dos hombres por la orilla de un río. Uno es rico, otro es pobre. Uno lleva la barriga llena, y el otro pone sucio el aire con sus bostezos. Y el rico dice: ‘¡Oh, qué barca más linda se ve por el agua! Mire, mire usted el lirio que florece en la orilla’. Y el pobre reza: ‘Tengo hambre, no veo nada. Tengo hambre, mucha hambre’. Natural. El día que el hambre desaparezca, va a producirse en el mundo la explosión espiritual más grande que jamás conoció la humanidad. Nunca jamás se podrán figurar los hombres la alegría que estallará el día de la gran revolución. ¿Verdad que te estoy hablando en socialista puro?” [Entrevista en La Voz, Madrid, 7 de abril de 1936]. Fonte: site da Fundación Federico García Lorca.


No dia 11 de julho, durante jantar na casa do amigo Pablo Neruda, em Madri, foi aconselhado pelos presentes a não ir para Granada, devido ao clima de violência que tomava conta no país. Todavia, resolve sair da capital e ir encontrar-se com a família. No dia 13 de julho, toma o trem, na estação de Atocha, em direção a Granada. Em 20 de julho, o cunhado Manuel Fernández Montesinos, prefeito socialista de Granada, casado com sua irmã Concha, é detido pelos revoltosos, que tomam o poder na cidade.

Lorca conversa com os familiares e decide instalar-se na casa da família Rosales, no centro da cidade. Embora com membros ligados à Falange Espanhola, de direita, os Rosales eram amigos do poeta. No entanto, na tarde de 16 de agosto, foi preso. Nessa mesma data seu cunhado foi fuzilado. Embora o empenho dos Rosales e outros, as forças de extrema direita decidiram fuzilar também o poeta, como a muitas pessoas.

Há referência de que entre as razões da prisão de Lorca, constantes no documento que se perdeu, estaria, além da motivação política, a sua condição de homossexual.

O poeta foi fuzilado antes do amanhecer, na madrugada do dia 18 ou do dia 19 de agosto de 1936, em algum lugar sombrio entre as localidades de Víznar e Alfacar.

O corpo nunca foi encontrado e seus restos mortais permanecem desaparecidos, como o de milhares de pessoas vitimadas durante aquele período.

Estima-se que a ferocidade da Guerra Civil, que dividiu a Espanha, custou ao país mais de 500 mil mortos. Com a vitória dos nacionalistas, o líder do movimento, general Francisco Franco, instalou o governo ditatorial, que se prolongaria de 1939 até 1975, ano em que morreu. 

O jornal espanhol El País divulgou a fotografia acima, na edição de 10 de agosto passado, como sendo a possível localização da fossa onde foram atirados os corpos de Lorca e de três outros homens fuzilados com ele, o professor primário republicano Dióscoro Galindo, e Joaquín Arcollas Cabezas e Francisco Galadí Melgar, bandarilheiros anarquistas.

A indicação do lugar - demarcado por cerca de nove grandes pedras - resulta de observações feitas pelo historiador malaguenho Miguel Caballero e pelo arqueólogo aragonês Javier Navarro Chueca. A ideia é de que, em breve, sejam realizadas pesquisas no local em busca do que restou dos corpos do poeta e dos outros.

Há dois anos foram feitas escavações em uma área próxima, sem êxito. 

A Espanha empenha-se hoje na reconstituição de sua memória histórica. Nesse sentido, a localização das fossas onde se encontram os restos dos corpos das vítimas da barbárie faz parte de uma busca necessária, para o estabelecimento da paz de espírito de familiares e de todos os que sofreram, de alguma forma, perdas com tão longo silêncio em torno das valas comuns.

Penso que a reconciliação da Espanha com sua história, e não mais a negação desta, passa por gestos como este, de tentar resgatar e dar sepultura digna a quem sofreu violações durante o conflito, de um lado e de outro.

Digo eu, em vermelho, que, neste e em outros casos, enquanto não há um corpo, ou restos mortais, o sentimento que fica é de que a morte não se completa no coração de quem vive e dos que virão depois, há uma espécie de prolongamento do luto no tempo e na história, embora não exista dúvida a respeito do fato. 

Ao contrário de abrir velhas feridas (que, de resto, nunca se fecham na obscuridade), isto pode levar ao necessário caminho da tolerância, do respeito e do convívio democrático (o que pode haver senão isso?). Trata-se de um resgate e de uma construção que já não importam somente à Espanha, mas a toda a humanidade.

Tomara que desta vez se encontre o que restou do corpo do poeta Federico García Lorca, dando-se-lhe a humana sepultura, e há de ser um bem que assim seja, ao menos como lembrança e símbolo do horror, para que violências deste tipo nunca mais aconteçam no mundo.


Porém eu já não sou eu,
nem meu lar é mais meu lar.
Compadre, quero morrer
decentemente em minha cama.

 

(Do poema Romance Sonâmbulo,  de Lorca)**

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* Fundação Federico García Lorca, site oficial:
http://www.garcia-lorca.org/Home/Home.aspx
** Antologia Poética, tradução de William Agel de Mello, Editora L&PM, Porto Alegre, Brasil, 2005.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Quase primavera

Jorge Adelar Finatto

photo: j.finatto - orquídea


Nem bem extintos os últimos raios, trovões e ventanias, pressinto os começos da nova estação. São apontamentos que se inscrevem aqui e ali no intermezzo de agosto.

photo: j.finatto - flor de pessegueiro

Saudade é isto que eu sinto dos dias de luz grata e benigna na janela do amanhecer.

photo: j.finatto - flor de magnólia
   
A primavera é certa como os primeiros ramos dos pessegueiros em flor.

photo: j. finatto - flor de magnólia
 
A inflorescência principial anuncia-se no entorno da casa. A claridade de Deus levanta-se neste lado do mundo. Bem-vinda sejas tu, que atravessas a escuridão.

photo: j.finatto - camélia

Que venham as manhãs carregadas de flores no silêncio de setembro.

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Fotos: feitas com máquina Sony dsc-hx1, em 16 agosto, 2011. Passo dos Ausentes.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Moça na tarde lilás

Jorge Adelar Finatto


Ela vem bela pela rua triste. É tarde e já chove.

Embaixo das flores dos jacarandás, o mundo é um guarda-chuva lilás.

Ela vem triste, na bela rua dos jacarandás. Chove na tarde e o mundo cheira a lilás.

O guarda-chuva não protege a moça de estar só na tarde.

Ela vem sozinha e atravessa a chuva.

O mundo é belo. A tarde é lilás.

O coração da moça chove na tarde dos jacarandás.

Ela vem na calçada coberta de flores.

A moça é a luz que alumia a rua triste.

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Foto: Jacarandá mimoso. Fonte: Wikipédia. Autoria: Conservatoire Botanique National de Mascarin.

domingo, 14 de agosto de 2011

A falta que eles fazem

 Jorge Adelar Finatto

photo: j. finatto

Penso no quanto esta data, Dia dos Pais, é um atrapalho na vida de muita gente que não tem pai. Vivemos num país em que a paternidade amorosa e responsável ainda é exceção.

Mãe presente, pai ausente, esta é a realidade da maioria das famílias brasileiras.

A figura paterna, na vida de milhões, é um retrato sem rosto.

No tempo de menino, costumava faltar à escola no dia dessa comemoração. Sem pai, ficava muito difícil participar. Notava certo estranhamento por parte dos colegas e mesmo de alguns professores, em relação a nós, os sem pai. Nos olhavam como se carregássemos um grave defeito.

Antonio Carlos Jobim, o nosso grande maestro, disse em certa ocasião, citando uma frase do escritor Pedro Nava: “Quem fica órfão em tenra infância segue pela vida sem um braço”. Referia-se Tom à circunstância de ter perdido o pai muito cedo, quando tinha apenas oito anos. ¹ Seu pai, e da mana Helena, Jorge Jobim, era gaúcho de São Gabriel.

A ausência paterna é um dado cultural e sociológico do Brasil. Não sei a extensão disso em outros países. Entre nós, o problema começou já no início da colonização portuguesa. Os colonizadores vinham para cá sem mulher e sem família, para aventurar, fazer fortuna e depois regressar ao país de origem.

A população portuguesa, na época do descobrimento, não era suficiente sequer para ocupar o seu próprio território. Diferente da situação ocorrida nos Estados Unidos, em que o colonizador inglês chegava com a família para tomar posse da colônia e ali construir a vida. 

Iniciou-se no Brasil violenta exploração sexual de mulheres índias e de negras escravas. Com o advento das casas grandes, o abuso de negras cativas tornou-se comum por parte dos senhores de escravos. Os filhos varões desses proprietários de gente iniciavam a prática sexual na senzala. Nasceram legiões e legiões de filhos mulatos, que naturalmente não eram reconhecidos. As crianças se criavam sem pai, porque só havia a mãe, e todos trabalhavam desde cedo para os donos da propriedade. ²

Contudo, a violência e as privações sofridas por nossas ancestrais índias e negras não apagaram nelas o traço da maternidade. Foram mulheres lutadoras que levaram a vida adiante com seus meninos e meninas sem pai. Passaram esse amor e esse compromisso para as gerações futuras.

O Brasil é fruto desses ventres antigos e sofridos.

A sociedade brasileira tem na expressão materna o núcleo não apenas da geração da vida como de sustentação da nossa frágil organização social.

Disso, desta falta de compromisso paterno, colhemos ainda hoje o bem e o mal.

Os homens, por falta de educação voltada à responsabilidade familiar, muitas vezes não assumem com clareza seu papel. E se acomodam numa espécie de limbo, incentivados pela cultura em que são criados.

Isto está mudando? Acho que sim, tomara que sim.

De modo que, nesse Dia dos Pais, minha homenagem vai para todas as mães que estão ao lado de seus filhos e filhas sem pai, criando-os amorosamente, às vezes sem nenhum apoio, na raça, porque isto é a coisa certa a fazer.

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¹ Caderno de Literatura da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul. Porto Alegre ,  Ano V, número 9, pág. 9, 2001.

² Casa-Grande & Senzala. Gilberto Freyre. Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, págs. 306/316, 1980.

sábado, 13 de agosto de 2011

A grandeza dos pequenos filmes

O Cavaleiro da Bandana Escarlate

photo: j.finatto

Neste momento em que preparo o saco de viagem pra voltar pra casa, faço um balanço do que vi no Festival de Cinema de Gramado.

Não vi tudo. Simplesmente porque não consigo passar o dia dentro de salas de projeção. Me dá falta de ar e de céu sobre a cabeça. Mas acho que consegui ver uma parte significativa do que passou. 

Curtas

A minha impressão é de que poucas vezes houve uma safra tão boa de curtas-metragens como nesta edição do festival. Ousaria mesmo dizer que o ponto alto do evento foram os curtas, mais bem realizados do que boa parte dos longas. Os pequenos rolos deram banho de qualidade e emoção.

Penso que a escolha do melhor curta será bastante difícil. Aponto seis deles que podem tranquilamente ganhar o Kikito:

- Um outro ensaio. Direção: Natara Ney. Sinopse*:

Um casal apaixonado vê seus planos interrompidos quando ela sofre um acidente e fica
cega. Ambos lutam para se adaptar à nova situação em suas vidas. Enquanto ela
tenta endender o mundo na escuridão, ele faz de tudo para cuidar da mulher que ama.

A construção da narrativa é inovadora e muito bem feita, os atores têm bom desempenho e o final proporciona momento de grande emoção.

- A melhor idade. Escrevi sobre o filme na terça-feira passada. Um belo trabalho.

- Qual queijo você quer. Direção: Cíntia Domit Bittar. Sinopse:

Margarete é uma senhora de idade que tem um súbito ataque de raiva quando seu
marido, Afonso, pergunta se ela pode trazer um queijo da venda. O queijo acaba sendo a faísca para uma discussão sobre como o casal levou a vida durante décadas de convivência, os planos que não realizaram e os sonhos que não viveram.

Filme ótimo na concepção e no desenvolvimento. É a própria vida que está na tela, com suas grandezas, pequenezas e, sobretudo, sentimento. É um trabalho na linha do bom cinema argentino, simples, bem realizado, rico.

Casal protagonista de Qual queijo


- Polaroid Circus. Poderá surpreender, embora, como escrevi na terça-feira, sinto que lhe falta uma história à altura da excelente fotografia e brilhante trilha musical.

- Ribeirinhos do asfalto. Direção: Jorane Castro. Sinopse:

Deisy mora na Ilha do Combu, do outro lado do rio, na frente de Belém. Ela sonha em ir morar na cidade, no meio de todas as luzes que ela vê de noite na sua casa na entrada
da mata. Com a ajuda de sua mãe, ela vai tentar realizar este desejo.

Com belo desempenho da atriz Dira Paes, este é um bom filme, mostrando a vida dessa famíllia entre o início da floresta amazônica e a cidade de Belém, no Pará. Dira é a mãe de Deisy e enfrenta até o marido para proporcionar a mudança da filha para a cidade, em busca de estudo e de uma vida melhor.

- Rivelino. Direção: Marcos Fábio Katudjian. Sinopse:

“Rivellino” narra o encontro de Jonas e o Doutor Mascarenhas num ônibus intermunicipal. Jonas é um homem de trinta anos, recém saído da penitenciária, onde
cumpriu dez anos por tráfico de drogas. Doutor Mascarenhas é ninguém menos que o
promotor responsável por sua condenação.

É um trabalho interessante, num tema pouco explorado pelo cinema, o do encontro de autoridades do sistema judicial com pessoas que foram condenadas criminalmente. A súbita aparição de um elemento externo, o ex-jogador de futebol Rivelino, estabelece uma ponte entre o apenado e o promotor do caso.

Esses foram os curtas que mais me impressionaram. Se fosse escolher um para ser o premiado, ficaria com Qual queijo você quer? por revelar maior harmonia entre todos os ingredientes: roteiro, direção, fotografia, música, interpretação, intensidade, tocando por completo a emoção do espectador.

Em segundo lugar, escolheria Um outro ensaio.

A melhor trilha sonora e a melhor fotografia pertencem a Polaroid Circus.

Melhores atores: José Wilker (A melhor idade), Dira Paes (Ribeirinhos do Asfalto) e Henrique César e Amélia Bittencourt (Qual queijo você quer?). Não necessariamente nessa ordem.

Mas qualquer escolha que vier a ser feita pelo júri será bem-vinda, creio eu, porque o equilíbrio entre os curtas é grande.

Longas

Os dois melhores longas que vi foram o chileno La lección de pintura e o brasileiro As híper muheres. Sobre eles escrevi na quarta-feira passada. Reforço aqui aquelas impressões.

Resumo da ópera

Pra mim, este foi o festival dos curtas-metragens, pela qualidade das obras apresentadas.

Sugestão

Ante a variedade e importância dos curtas, sugiro que os organizadores, em acordo com os produtores dos filmes, façam um dvd com todos eles, disponibilizando-os no mercado com o selo do Festival de Cinema de Gramado.

Até 2012

Agradeço a Alberta de Montecalvino o convite para fazer esta cobertura e também ao blogue pela oportunidade.

Muitas coisas ficaram por dizer. Quem sabe na próxima.

A Yamaha 250, ano 1975, me espera diante do hotel, preta, metálica, louca por estrada.

Um abraço.

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Site oficial do Festival de Cinema de Gramado:
Foto de Qual queijo você quer? reproduzida do Diário Catarinense online: