Jorge Adelar Finatto
Preciso escrever
o poema
que vai salvar
esse dia
o poema cálido
para atravessar
o tempo difícil
que ainda tenho
pela frente
o poema que vai expulsar
a vontade de morrer
que chega aos poucos
como um gato
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Do livro Memorial da vida breve, Editora Nova Prova, Porto Alegre, 2007.
Foto: J. Finatto
Foi o poema que salvou meu dia...
ResponderExcluirAmigo,
ResponderExcluirli agora o comentário, depois de mais um dia tentando salvar alguma coisa, tocando o barco e acreditando que vale a pena não desistir.
Obrigado, um abraço.
JF
Ainda bem que temos a poesia para nos salvar destes dias insípidos que andam por aí...
ResponderExcluirHoje, também, escrevi versos tristes, mas me reconfortou tê-los escrito:
Véus da alma
Disfarço
a tristeza
travestida veste
dos rituais simbólicos.
Tento rebatê-la.
Ela retorna
numa fúria de sons
imagens
& densidade.
Escolho
ficar com ela.
E sinto seu afago
gélido.
Abraço.
Ricardo Mainieri