terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Não escrevemos o primeiro verso

Jorge Adelar Finatto

photo: j.finatto


Não escrevemos o primeiro verso
há tudo por ser dito
mas sou teimoso
insisto no jogo

quando desanimares pensa em mim
que não abandonei as ferramentas
que não dei um verso para a eternidade

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Do livro Claridade, Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Editora Movimento, 1983.

jfinatto@terra.com.br

2 comentários:

  1. Tenho alguns exemplos que busco pensar quando o desânimo vem bater à porta.
    E são esses exemplos que nos conduzem adiante.
    A própria natureza se reconstrói, mesmo agredida.
    Alguns homens, apesar da adversidade, teimam em manter um sorriso na boca.
    Outros produzem arte e cultura imorredoura.
    Persistir é a ordem.

    Abraço.

    Ricardo Mainieri

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  2. O importante é não desanimar, porque o que vive precisa de esperança. A eternidaaaaade é um tempo muito longe, a gente não sabe como é, se é que é alguma coisa. Digamos que sim, acredito que há outro mundo além desse (tem de existir, porque este é pouco para a nossa sede de vida). Enquanto não chegamos lá, vamos habitar o pequeno planeta azul e tentar fazer da experiência algo bom pra nós e pros outros.
    Um abraço.
    JF

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